segunda-feira, julho 03, 2006

Meu manifesto



Meu manifesto.
Eu vim aqui manifestar que estou cagando com o resto da copa. Não no sentido do "não tô nem aí", ao contrário, estou com pavor mesmo. Alías, nunca fiquei tão de saco cheio na vida.
O poeta dizia: ¿Tristeza não tem fim, felicidade sim!¿ Tinha ele razão?
Não sei. O que sei é que neste imenso mercado em que se tornou a vida,
encontramos ilusões temporárias sendo vendidas como se fossem felicidades duradouras.
Que história é essa de todo mundo torcer para Portugal, só porque a Globo quer? Eu não vou mesmo.
Estou mesmo é aliviada, acho que agora as coisas voltam ao normal (sei lá, agora só se fala em eleição). Mas até semana passada tinha uma tv ligada em cada local nessa cidade, a copa do mundo rolava 24 horas do dia, no salão, até na academia sempre aparecia um filha da puta pra gritar "pedala, robinho"... Porra. Eu fico desabando de rir nessas horas, não tinha condições.
Mas acabou, morreu Brasil, morreu Bussunda. Esse sem explicação alguma, não faz sentido, tadinho, tanto Paulo Maluf por aí, tanto bandido, tanto estuprador, tanto Fernandinho beira mar e os PCC da vida, tanto filho da puta de sobra nesse planeta pra morrer e morre justo um cara gente boa que é do outro Planeta, logo o Planeta do Casseta, e o nosso Hexa.
Mas quem disse que nós mulheres não gostamos de futebol?
Imagina...
nós adoramos...


Ou será que alguma mulher em sã consciência estava louca de desgrudar os olhos da televisão?

E os homens nos bares achando mesmo que a copa era só deles.Ah, coitados...
Passou né. Bola para frente.
“O fanatismo é a única forma de vontade que pode
ser incutida nos fracos e nos tímidos”.
Friedrich Nietzsche

sexta-feira, junho 30, 2006

Orgasmo trifásico...


Orgasmo trifásico.



"Vi, outro dia, no programa do Jô Soares, uma sexóloga sergipana dando uma entrevista sobre orgasmo feminino.

A mulher, que mais parecia a gerente comercial da Walita, falava do corpo como quem apresenta o desempenho de uma nova cafeteira doméstica.

Apresentou uma pesquisa que foi feita nos Estados Unidos para medir a descarga elétrica emitida pela "periquita" na hora do orgasmo, e chegou à incrível conclusão de que, na hora "H", a "perseguida" dispara uma descarga de 250.000 microvolts. Ou seja, cinco "pererecas" juntas ligadas na hora do "aimeudeus!" seriam suficientes para acender uma lâmpada. Uma dúzia, então, é capaz de dar partida num Fusca com a bateria arriada.

Uma amiga me contou que está treinando para carregar a bateria do telefone celular. Disse que gozou e, tcham, carregou.

É preciso ter cuidado porque isso não é mais "xibiu", é torradeira elétrica! E se der um curto circuito na hora de "virar o zoinho", além de vesgo, a gente sai com mal de Parkinson e com a lingüiça torrada.

Pensei: camisinha agora é pouco, tem de mandar encapar na Pirelli ou enrolar com fita isolante. E na hora "H", não tire o tênis nem pise no chão molhado... Pode ser pior! É recomendável, meu amigo, na hora que você for molhar o seu "biscoito" lá na canequinha de sua namorada, perguntar: é 110 ou 220 volts? Se não, meu xará, depois do que essa moça falou lá no Jô, pode dar "ovo frito no café da manhã."

Esse país não melhora por absoluta falta de criatividade..
São as mulheres, a solução contra o apagão."..

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Pra você ver... Tem gente pra tudo no mundo... Até cientista bizarro a gente encontra... Agora me diga: o que é que uma pesquisa como essa acrescenta à humanidade... Eu fico besta!!!


quarta-feira, junho 28, 2006

MODOS DE DIZER



Modos de dizer

Diz-se:
Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão...

Enquanto o correto é:
Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão...

No popular se diz:
Cor de burro quando foge

O correto é:
Corro de burro quando foge!

Outro que no popular todo mundo erra:
Quem tem boca vai à Roma.

O correto é:
Quem tem boca vaia Roma

Outro que todo mundo diz errado:
Cuspido e escarrado
Quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa.

O correto é:
Esculpido em Carrara (Carrara é um tipo de mármore)

Mais um famoso
Quem não tem cão, caça com gato...

O correto é:
Quem não tem cão, caça como gato...
(Ou seja, sozinho!)

domingo, junho 25, 2006





Declaração de amor às mulheres

(Única espécime 99% perfeita e vejam porque não é 100%)

Se uma memória restou das festinhas e reuniões de familiares da minha
infância, foi a divisão sexual entre os convidados: mulheres de um lado,
homens do outro.

Não sei se hoje isso ainda ocorre.

Sou antisocial ao ponto de não freqüentar qualquer evento com mais de 4
pessoas, o que não me credencia a emitir juízo.

Mas era assim que a coisa rolava naqueles tempos.

Tive uma infância feliz: sempre fui considerado esquisito, estranho e
solitário, o que me permitia ficar quieto observando a paisagem.

Bom, rapidinho verifiquei que o apartheid sexual ia muito além das
diferenças anatômicas.

A fronteira era determinada pelos pontos de vista, atitude e
prioridades.

Explico: no "corner" masculino imperava o embate das comparações e
disputas.

Meu carro é mais potente, minha TV é mais moderna, meu salário é maior,
a vista do meu apartamento é melhor, o meu time é mais forte, eu dou 3
por noite e outras cascatas típicas da macheza latina.

Já no "corner" oposto, respirava-se outro ar.

As opiniões eram quase sempre ligadas ao sentir.

Falava-se de sentimentos, frustrações e recalques com uma falta de
cerimônia que me deliciava.

Os maridos preferiam classificar aquele ti-ti-ti como fofoca. Discordo.

Destas reminiscências infantis veio a minha total e irrestrita paixão
pelas mulheres. Constatem, e fácil.

Enquanto o homem vem ao mundo completamente cru, freqüentando e levando
bomba no be-a-bá da vida, as mulheres já chegam na metade do segundo
grau.

Qualquer menina de 2 ou 3 anos já tem preocupações de ordem prática.

Ela brinca de casinha e aprende a dar um pouco de ordem nas coisas.

Ela pede uma bonequinha que chama de filha e da qual cuida,
instintivamente, como qualquer mãe veterana.

Ela fala em namoro mesmo sem ter uma idéia muito clara do que vem a ser
isso.

Em outras palavras, ela já chega sabendo.

E o que não sabe, intui.

Já com os homens a história é outra.

Você já viu um menino dessa idade brincando de executivo?

Já ouviu falar de algum moleque fingindo ir ao banco pagar as contas?

Já presenciou um bando de meninos fingindo estar preocupados com a
entrega da declaração do Imposto de Renda?

Não, nunca viram e nem verão.

Porque o homem nasce, vive e morre uma existência juvenil.

O que varia ao longo da vida é o preço dos brinquedos.

E aí reside a maior diferença: o que para as meninas é treino para a
vida, para os meninos é fantasia, é competição.

E fuga. Falo sem o menor pudor.

Sou assim. Todo homem é assim.

Em relação ao relacionamento homem/mulher, sempre me considerei um
privilegiado.

Sempre consegui enxergar a beleza física feminina mesmo onde, segundo os
critérios estéticos vigentes ela inexistia.

Porque toda mulher é linda.

Se não no todo, pelo menos em algum detalhe.

E só saber olhar. Todas têm sua graça.

E embora contaminado pela irreversível herança genética que me faz
idolatrar os ícones de cafajestismo, sempre me apaixonei perdidamente
por todas as incautas que se aproximaram de mim.

Incautas não por serem ingênuas, mas por acreditarem.

Porque toda mulher acredita firmemente na possibilidade do homem ideal.

E esse é o seu único defeito.



Texto de Sérgio Gonçalves

quinta-feira, junho 01, 2006

Para pensar....



PARA PENSAR.........

DAR NÃO É FAZER AMOR


Dar não é fazer amor.
Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar....
Sem querer apresentar pra mãe...
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...
Te amolece o gingado...
Te molha o instinto.
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de
amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar
ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te
abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o
primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que que cê acha amor?".
É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...
É não ter alguém para ouvir seus dengos...
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você
flutuar
Experimente ser amado...
"A vida é a arte de tirar conclusões suficientes de dados
insuficientes".

quarta-feira, maio 17, 2006

"Lenda Chinesa"




"Lenda Chinesa"

Conta uma lenda chinesa que, há muito tempo, uma menina chamada Lili se casou e foi viver com o marido e a sogra.

Depois de alguns dias, passou a não se entender com a sogra.

A personalidade de ambas era muito diferente e Lili foi se irritando com os hábitos da sogra, que freqüentemente a criticava.

Meses se passaram e Lili e sua sogra cada vez mais discutiam e brigavam.

De acordo com uma antiga tradição chinesa, a nora tinha que se curvar à sogra e obedecê-la em tudo.

Lili, já não suportava mais conviver com a sogra, decidiu tomar uma atitude e foi visitar um amigo de seu pai.

Depois de ouvi-la, ele pegou um pacote de ervas e lhe disse: - Você não poderá usá-las de uma só vez para se libertar de sua sogra porque isso causaria suspeita.

Vou lhe dar ervas que irão lentamente envenenando sua sogra.

A cada dois dias ponha um pouco dessas ervas na comida dela.

Agora, para ter certeza de que ninguém suspeitará de você quando ela morrer, você deve ter muito cuidado ao agir de forma muito amigável.

Não discuta.

Ajudarei a resolver seu problema, mas você tem que me escutar e seguir as instruções que eu lhe der.

Lili respondeu:- Sim, farei o que o senhor me pedir.

Lili ficou muito contente, agradeceu e voltou apressada para a casa a fim de começar o projeto de assassinar sua sogra.

Semanas se passaram e a cada dois dias Lili servia a comida "especialmente preparada" à sua sogra.

Ela sempre lembrava do que o amigo de seu pai tinha recomendado e, assim, controlou seu temperamento, obedeceu a sua sogra e a tratou como se fosse sua própria mãe.

Depois de seis meses, a casa inteira estava com outro astral.

Lili tinha controlado seu temperamento e quase nunca se aborrecia.

Nesses seis meses, não tinha tido nenhuma discussão com a sogra, que agora parecia muito mais amável e fácil de lidar.

As atitudes da sogra também mudaram e elas passaram a se tratar como mãe e filha.

Um dia, Lili foi novamente procurar o amigo de seu pai para pedir-lhe ajuda e disse:- Querido amigo, por favor, ajuda-me a evitar que o veneno mate a minha sogra!

Ela se transformou numa mulher agradável e eu a amo como se fosse minha mãe.

Não quero que ela morra por causa do veneno que eu lhe dei.

Ele sorriu e acenou com a cabeça.

-Lili, não precisa se preocupar.

As ervas que eu lhe dei eram vitaminas para melhorar a saúde dela.

O veneno estava na sua mente e na sua atitude, mas foi jogado e substituído pelo amor que você passou a dar a ela.

Na grande parte das vezes, recebemos das outras pessoas o que damos a elas... Por isso, tenha cuidado!

*Lembre-se sempre: o plantio é opcional, mas a colheita é obrigatória.

Por isso, tenha cuidado com o que planta!

(Desconheço o autor)

terça-feira, maio 09, 2006

Fragmentos de uma Vida





Fragmentos de uma Vida

Se eu fosse você eu diria obrigada
por todos os passeios que fizemos juntos correndo pela praia,
rolando nas areias úmidas e quentes de verões passados.
Se eu fosse você diria obrigada por tantas vezes
ter me protegido da chuva, do frio...
Por ter me mostrado a beleza das estrelas
e sentir ao meu lado as transformações do tempo e as minhas também.
Se eu fosse você eu diria obrigada por não me deixar triste,
por enxugar as minhas lágrimas...
Diria obrigada por ter olhos somente para mim mesmo quando,
às vezes, os meus se fecham por falta de bom senso.
Se eu fosse você diria obrigada por cada sorriso que me ofereceu,
por cada beijo, por cada abraço, e que abraços!!!
Diria obrigada por poder eu adormecer inúmeras vezes em seu regaço
sentindo seu cheiro e o calor inconfundível do seu corpo protetor.
Se eu fosse você diria obrigada por sempre estar preocupada comigo
quando não estou distante de seus olhos...
Se eu fosse você diria obrigada por nunca demonstrar desânimo
para atender as minhas exigências...
Por preparar o prato mais delicioso...
Diria obrigada por jamais me negar um carinho
mesmo quando o cansaço lhe atravessava a alma...
Diria obrigada por acreditar em mim no momento que a minha vida
parecia um barco sem rumo,
Quando me senti menor que uma partícula de poeira jogada ao vento.
Diria obrigada por você ser a luz que brilha na escuridão,
por saber que você me dá forças para vencer
as vicissitudes nas horas de ínfimo desgosto...
Diria que você é como aquela suave brisa que ameniza o sol abrasador,
um universo em miniatura no alcance das minhas mãos,
Se eu fosse você eu diria obrigada por segurar a minha barra
quando da primeira desilusão, a segunda...
Ah! e última também!
Se eu fosse você eu diria obrigada por você existir...
Se eu fosse você eu diria quantas vezes fossem necessárias:
- Obrigada pelos meses que me carregou no ventre,
Pelos sofrimentos que passaste por minha causa.
Diria obrigada pelas noites em claro...
Pelas tantas de lágrimas que derramou por mim,
Obrigada pelas lições que aprendo com você.
Você é a melhor mãe do mundo!
...Eu te amo...

Essa é a minha homenagem a todas as mães do mundo.....
Que todas sejam tão felizes como eu sou com os meus dois filhotes.
Leno e Fernando

Texto gentilmente cedido pelo autor Milton Cavalieri

quarta-feira, abril 12, 2006


Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão
Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraíso se mudou para lá
Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real
Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-Lá

Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa

Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar
Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção
Tem um verdadeiro amor
Para quando você for

Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa



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"Vilarejo", canção de Marisa Monte, Pedro Baby, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes, que dedico às Minas Gerais.

segunda-feira, abril 03, 2006

um dia durante o dia



um dia
virás aqui ler-me
tu ainda não sabes
das gaivotas que tombam
nem dos tigres velozes
nos meus ouvidos
um dia
saberás da luta das aves
e do tremor da terra
enquanto fumas
um dia
virás aqui ler-te
eu ainda não sei das correntes mudas que prendes
nem das cutículas pendentes
dos teus dedos
nos meus dentes
um dia
saberei do cheiro que guardas fora dos livros
e do poema que amas
na porta do meu corpo
um dia
virei aqui ler-me
tu ainda não sabes
da região do vinho do meu sangue
nem da curta metragem das horas
nas tuas cordas vocais
um dia
saberás do tempo
e do interruptor
que apaga o medo
um dia
virei aqui ler-te
eu ainda não sei
das patas nervosas que aumentas
nem dos olhos cansados
na pele do meu rosto
um dia
saberei dos dias que matas
e dos cadáveres
que comes ao jantar
um dia
viremos aqui ler-nos
ainda não sabemos a data
que escorre na janela
nem a saliva do beijo
da mulher que te pede um cigarro
um dia
saberemos ser dia
depois da madrugada

Muito Sábio.


Há quem procure lugares de retiro no campo, na praia, na montanha; e acontece-te também desejar estas coisas em grau subido. Mas tudo isto revela uma grande simplicidade de espírito, porque podemos, sempre que assim o quisermos, encontrar retiro em nós mesmos. Em parte alguma se encontra lugar mais tranquilo, mais isento de arruídos, que na alma, sobretudo quando se tem dentro dela aqueles bens sobre que basta inclinar-se para que logo se recobre toda a liberdade de espírito, e por liberdade de espírito, outra coisa não quero dizer que o estado de uma alma bem ordenada. Assegura-te constantemente um tal retiro e renova-te nele. Nele encontrarás essas máximas concisas e essenciais; uma vez encontradas dissolverão o tédio e logo te hão-de restituir curado de irritações ao ambiente a que regressas.
Marco Aurélio (Imperador Romano), in 'Pensamentos'